Rios arteriais - (diário de uma viagem ao Peru)
É quase impossível descrever a emoção ao avistar a Cordilheira dos Andes de avião pela primeira vez. Os traços da vida na aridez da escarpada cordilheira – os vales e os rios visíveis à altura de 10 mil metros – talvez somente possam ser apreendidos poeticamente, como nos primeiros versos do Canto Geral, de Pablo Neruda:
Antes de la peluca y la casaca
Fueron los ríos, ríos arteriales:
Fueran las cordilleras, en cuya onda raída
El cóndor o la nieve parecían inmóviles:
Fue la humeda y la espesura, el trueno
Sin nombre todavía, las pamplas planetárias.
No percurso desta viagem de ida ao Peru através do continente, sentado ao lado de Augusta – que trazia, dentro de si, a pequena Girassol para nascer em sua terra natal – folheei um livreto com informações acerca do país. Eis algumas informações que anotei dali: (para continuar a ler, acesse aqui)